A ingestão prolongada de altas doses de álcool pode causar cardiomiopatia induzida por álcool.
Tanto homens quanto mulheres com dependência de álcool apresentam incidências semelhantes dessa condição, mas os homens sofrem mais com as consequências. A faixa etária mais afetada é de 45 a 59 anos, seguida pelos indivíduos de 60 a 74 anos. Mulheres podem desenvolver a doença consumindo uma quantidade menor de álcool.
Geralmente, os pacientes que desenvolvem essa cardiomiopatia consomem mais de 80 a 90 gramas de etanol diariamente por mais de cinco anos, com estudos apontando uma média de 15 anos de consumo. Isso equivale a cerca de um litro de vinho, oito cervejas padrão ou meio litro de destilados por dia. O risco está relacionado à quantidade total de etanol consumido, e beber vinho não diminui o risco.
Estudos mostram uma relação entre disfunção do ventrículo esquerdo e cirrose hepática. Em uma pesquisa, 43% dos indivíduos com dependência de álcool e cardiomiopatia tinham cirrose, comparado com apenas 6% daqueles sem cardiomiopatia.
Sintomas comuns incluem falta de ar, dificuldade respiratória quando deitado e crises noturnas de falta de ar. Dor no peito, sugerindo doença das artérias coronárias ou estenose aórtica, é comum, apesar de até um terço dos pacientes com cardiomiopatia não isquêmica também relatarem dor no peito similar à angina ou atípica.
Arritmias atriais paroxísticas, principalmente fibrilação atrial, e arritmias ventriculares são também manifestações frequentes.
O tratamento deve ser individualizado, sendo o principal pilar a abstinência alcóolica.
Conhece alguém com dependência alcóolica? É importante lembrar de checar a saúde do seu coração, além de incentivar a cessar o alcoolismo.
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